2 de maio de 2009

Resgate de mim mesma

Dexei-me, de uns tempos pra cá, envolver com o espírito prático e realista que contamina várias redações de jornal mundo afora e, inclusive, a que eu trabalho. Parei de pensar em coisas que eu tanto admirava na época de "caloura", das possibilidades que a comunicação pode trazer para quem a ela tem acesso mas, principalmente, para quem a produz.

Parei de prestar atenção aos personagens: estes que incrementam as histórias que precisamos contar no dia a dia, que tanto nos têm a contar e nós, apressados, ouvimos o pouco que nos interessa para cumprir o dead line.

Por sorte, veio uma boa e nova Lei do Estágio que me deu o "luxo" de quinze dias de folga. E, ao mesmo tempo, a chance de sentar para ouvir, com calma, o que estudantes adolescentes de Planaltina têm a dizer sobre sua cidade, suas experiências com a rádio comunitária local, seus aprendizados no estúdio e na vida.

Como é bom poder ouvir o outro. Como é bom, mais ainda, poder dar voz ao outro. Ver que a comunicação - que escolhi como profissão - pode trazer novos olhares, principalmente, para mim mesma.



Um comentário :

Marcus disse...

Nem sabia que a gestação do seu projeto tava sendo acompanhada aqui no seu blog... Sem graça.

Mas lendo esse seu (ótimo) texto, percebi que ele parece um pouco com minha (futura) dissertação de mestrado.

Bjuz,

Marcus.