22 de março de 2011

ausência presente

Ao som de Shakira na noite dessa terça-feira meio sem gracinha, comecei por algum motivo que não me lembro a vasculhar o blog da Dri, minha amiga-irmã que mora longe, mas está mais presente na minha vida do que muitos que eu vejo todos os dias. Somos muito diferentes em alguns pontos, e extremamente parecidas em outros, por isso sempre me deparo com algo que diz o que estou sentindo no momento. E hoje eu reli um dos textos dela que mais gostei. Taí um pedacinho:


Confesso: estou à espera do amor. Espera mesmo, não procura. Porque procura, para mim, é desespero, agonia, falta de esperança. E eu, definitivamente, espero. Já morri de raiva de todos os homens e disse que não queria mais gostar de nenhum. Mas, quando percebo, já estou olhando para os lados na rua, nas festas, em todo canto, perguntando se “ele” – o amor – pode estar por aí. Demoro mais a dormir e enrolo para levantar porque fico imaginando como ele é, do que gosta, onde está. Às vezes fico roteirizando nosso romance. Já temos uma rotina, sei aonde vamos, o que vamos assistir, que músicas vamos ouvir juntos. Tenho frases prontas para dizer a ele, abraços preparados para recebê-lo, segredos para contar.

Quando tenho problemas ou um dia difícil, procuro no celular o número dele para ligar e pedir colo. Quando sinto dor nas costas, fecho os olhos e o imagino me fazendo uma massagem. Quando como besteira ou fico sem comer, ouço ele me dar bronca, dizendo que tenho que me cuidar. Quando acordo, olho para o lado para vê-lo ali se espreguiçando. Mesmo sem existir de verdade, ele é uma ausência mais presente do que tudo o que existe.

Por Adriana Caitano em 22/6/2010

Um comentário :

Adriana Caitano disse...

Obrigada, irmãzinha linda! É muito bom saber que sou pelo menos um pouquinho importante pra você, que é muuuuuito importante pra mim!