20 de outubro de 2014

insight das eleições


Quando digo que vou votar na 
#Dilma13, volta e meia percebo estranhamento, como se eu fosse conivente com a corrupção do PT, como se eu achasse que tudo no país está lindo e maravilhoso, como se eu visse na candidata uma salvadora da pátria.
Não acho que tudo está perfeito. Tampouco acredito que a candidata em questão seja a melhor política que já se aventurou por Brasília. O meu voto não é apaixonado, não é cego, não é ignorante. Pelo contrário: é extremamente crítico. Mas é convicto de que apertar o 13 é a melhor opção para o próximo domingo.
Voto Dilma porque tenho visto a Educação se transformar, porque vejo salas de aula das universidades mais heterogêneas tanto em cor quanto em renda, porque vejo a desigualdade do país diminuir, porque não vejo filas para emprego nas ruas, porque vejo pessoas que (naquelas filas de emprego) lutaram a vida inteira e agora conseguem comprar sua casa própria, porque vejo que pessoas do interior que nunca tiveram um médico podem agora se consultar, porque vejo transgêneros poderem usar seus nomes sociais no crachá do trabalho ou ao fazerem o Enem, porque vejo o país ser respeitado internacionalmente, porque acredito que é possível continuar melhorando.
Teria motivo para não votar na Dilma? Sim, vários. Tanto que não foi para ela o meu voto no primeiro turno. Mas diante da "alternativa" para este 26 de outubro, percebo que na realidade eu não tenho alternativa. Não posso votar em um candidato que, diante do país, trata a mulher com desprezo, desrespeito, machismo. Não posso votar no candidato que fala que as mulheres devem ter salário "próximo" (e não igual) ao dos homens. Não posso votar no candidato que é apoiado por malafaias, bolsonaros e incitadores de ódio ao diverso. Não posso votar no candidato que tem nas costas acusações como aeroportos irregulares construídos com dinheiro público e desvios de setores básicos como a saúde. Não posso votar no candidato que chama a ditadura militar de "revolução". Não posso votar no candidato que calou a imprensa do estado que governou, que tentou censurar até o Google. Não posso votar no candidato cujo partido empurra para debaixo do tapete suas acusações de corrupção.
Não sou petista, não sou petralha, não sou dilmista. Não rotulo ninguém como aecista, como psdbista ou como tucano apenas com base em um voto. Sou brasileira e voto por mim, sim, mas não só por mim. É por quem já passou, por quem ainda vem, por quem precisa mais do que eu.
#MeuVotoÉParaTodos.
E gostaria de convidar todos a ter essa reflexão durante esta semana para definir seu voto, independente do candidato escolhido.

Bom dia.

Nenhum comentário :